sábado, 11 de junho de 2011

A oração de Adoração

Dos Santos Magos está escrito que, depois de deixar para trás em Jerusalém as discussões dos sacerdotes e as intrigas de Herodes, recomeçaram com intensa alegria a seguir a estrela, encontraram o Menino e “prostrando-se, o adoraram” (Mt 2,11). Para nós, com efeito, chegou o momento de nos prostrarmos e adoarar.

Se o pecado que torna os homens “sem desculpas” é o de não reconhecer a Deus como Deus, então seu antídoto específico é únicamente a adodração, por ser reservada exclusivamente a Deus, atesta adequadamente que se reconhece a Deus “como Deus”. Na adoração é levado à expressão máxima aquilo que o Apóstolo chama “prestar glória e dar graças”, isto é, o reconhecimento e a gratidão para com Deus.

Foi no Novo Testamento – dizíamos acima – que elevou a palavra “adoração” a essa dignidade que antes não tinha. No Novo Testamento, toda vez que se tenta adorar alguém que não seja Deus em pessoa, a reação imediata é: “Não faças isto! A Deus é que se deve adorar (cf. Ap 19,10; 22,9; At 10-25-26; 14,13s). Como se, caso contrário, se incorresse num perigo mortal. A Igreja acolheu esse ensinamento, fazendo da adoração o ato por excelência do culto de latria, distinto do chamado dulia, reservado aos Santos, e da hiperdulia, reservado a Nossa Senhora. A adoração é, pois, o único ato religioso que não se pode oferecer a ninguém no universo inteiro, nem sequer à Santíssima Virgem, mas só a Deus. Disso lhe provém sua dignidade e forças únicas.

Mas em que consiste ao certo e como se manifesta a adoração? A adoração pode ser preparada por uma longa reflexão, mas termina com uma intuição e, como qualquer intuição, não têm longa duração. É como um lampejo de luz dentro da noite. Mas de uma luz especial: não tanto luz de verdade, como luz da realidade. É a percepção da grandeza, majestade, beleza e, juntamente, da bondade de Deus e de sua presença que tolhe a respiração. É uma espécie de naufrágio no oceano sem margens nem fundo da majestade divina. Mas “naufragar” é doce nesse mar”.

Uma expressão de adoração mais eficaz que qualquer palavra é o silêncio. Com efeito, ele exprime por si mesmo que a realidade supera qualquer palavra. Com que força ressoa na Bíblia a intimação: “Cale-se diante dele toda a terra!” (Hab 2,20) e: “Silêncio na presença do Senhor Deus!” (Sf 1,7). Quando “os sentidos estão envolvidos num silêncio limitado e com ajuda do silêncio envelhecem as recordações”, então só nos resta adorar.

Conforme alguns, a própria palavra “adorar” indicaria, em latim, o gesto de pôr a mão sobre a boca, como para impor a si mesmo o silêncio. Se isso for verdade, foi um gesto de adoração o de Jó, quando, ao encontrar-se sozinho face a face com o Onipotente, no fim de sua aventura, diz: “Sim, fui leviano; que te replicarei? Ponho a mão sobre minha boca” (Jó 40,4). Nesse sentido, o versículo de um salmo, depois incluído na liturgia, rezava no texto hebraico: “Para ti o silêncio é louvor”, Tibi silentium laus! (sl 65,2, texto masorético). Adorar, segundo a estupenda expressão de são Gregório Nazianzeno citada acima, significa elevar a Deus um “hino de silêncio”. Assim como, à medida que se escala uma alta montanha, o ar vai ficando rarefeito, assim à medida que nos avizinhamos de Deus a palavra deve tornar-se mais breve, até chegar, no fim, à completa mudez e unir-se em silêncio àquele que é inefável.

Se se quiser dizer alguma coisa precisamente para “prender” a mente e impedi-la de vagar em outros objetos, convém fazê-lo com a palavra mais breve que existe: Sim, Amém. De fato, adorar é consentir. É permitir que Deus seja Deus. É dizer sim a Deus como Deus e a si mesmo como criatura de Deus. E é, por isso, o remédio para desespero, que consiste precisamente, como vimos, num “recusar desesperadamente ser aquilo que se é”, isto é, dependente de Deus.

A adoração exige, pois, que se reze e se cale. Mas seria tal atitude digna de um homem? Não o humilha, ferindo sua dignidade? Ou melhor, seria ela verdadeiramente digna de Deus? Que Deus é esse, se necessita que suas criaturas se prostrem por terra diante dele e se calem? Seria talvez Deus semelhante a um desses soberanos orientais que inventaram a adoração em seu proveito? Inútil é negá-lo, a adoração comporta para as criaturas também um aspecto de radical humilhação, um se tornar pequeno, um entregar-se. Foi exatamente isso, como vimos, que obstou a que os pagãos adorassem a Deus como Deus. A adoração sempre comporta um aspecto de sacrifício, de imolação de qualquer coisa. Precisamente assim, ela atesta que Deus é Deus e que nada nem ninguém tem direito de existir diante dele, a não ser graças a ele. Com a adoração, imola-se e se sacrifica o próprio eu, a própria glória, a própria auto-suficiência. Mas essa glória é falsa e inconsistente, e desfazer-se dela é para o homem uma libertação.

Adorando, “liberta-se a verdade antes prisioneira da injustiça”. A pessoa torna-se “autêntica” no sentido mais profundo da palavra. Na adoração antecipa-se já o retorno de todas as coisas a Deus. O indivíduo abandona-se ao sentido e ao fluxo do ser. Assim como a água encontra a paz fluindo para o mar, e o pássaro, a alegria abandonando-se ao curso do vento, assim o adorador na adoração. Adorar a Deus não é pois um dever, uma obrigação, quanto um privilégio, ou melhor, uma necessidade. O homem carece de alguma coisa majestosa para amar e adorar! Ele é feito para isso. Não é, pois, Deus quem precisa de adoração, mas o homem, de adorar.

Acreditava, Kierkegaard, que “o homem, cujo corpo se ergue para o céu, é um ser que adora. Sua estatura é o sinal que o contradistingue, mas a capacidade de prostrar-se em adoração é uma característica ainda maior. A glória suprema consiste em ser nada adorando. Alguns percebem a semelhança com Deus no poder da dominação. Mas não é dominando como Deus que o homem é semelhante a Deus. A semelhança se encontra no interior de uma infinita diferença. Explico-me: o homem e Deus se assemelham em uma relação não direta, mas inversamente proporcional. Para haver semelhança entre eles é preciso que Deus se torne o objeto eterno e onipresente da adoração e que o homem se torne uma criatura incessantemente adoradora. Se o homem pretende tornar-se semelhante a Deus mediante a dominação, esquece Deus e, desaparecido Deus, brinca de soberano em sua ausência. Isto é o paganismo: a vida do homem na ausência de Deus”.

Mas a adoração deve ser livre. O que torna a adoração digna de Deus e simultaneamente digna do homem é a liberdade, entendida não só negativamente como ausência de coação, mas também positivamente como ímpeto alegre, dom espontâneo da criatura que exprime assim a alegria de não ser ela mesma Deus, para poder ter acima de si um Deus para adorar, admirar, celebrar.

Também para Deus o valor da adoração está na liberdade. “Eu mesmo sou livre, diz Deus, e criei o homem à minha imagem e semelhança... A liberdade dessa criatura é o mais belo reflexo da liberdade do criador que haja no mundo...Quando uma vez se experimentou o ser amado livremente, as submissões não têm mais gosto algum. Quando se provou o ser amado por homens livres, a prostração dos escravos não têm mais sentido algum”.
“Senhor eu não posso abster-me de amar-te; eu preciso de algo majestoso para amar. Há em minha alma a necessidade de uma majestade que nunca, nunca me cansarei de adorar”.
(Texto retirado do livro Subida ao Monte Sinai de Raniero Cantalamessa, capítulo 28, Algo Majestoso para amar, págs 165 a 169, Edições Loyola, São Paulo, Brasil, 1997).

fonte: Comunidade Shalom
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Pe. Pio - Os numeros carismas .




Além do dom da transverberação e das chagas, o Padre Pio de Pietrelcina recebeu de Deus outros dons ou carismas numerosos: jejuns prolongados, êxtases, ciência infusa, introspecção das consciências, profecia, perfume, bilocação, curas, milagres.

Jejuns prolongados

No dia 18 de março de 1915, o Padre Pio, escrevendo de Pieltrecina ao padre Benedito, lhe confidenciou: “A satisfação, caro padre, das necessidades da vida, como comer, beber, dormir etc., causam-me tanto peso, que não saberia encontrar paralelo senão nas penas que nossos mártires tiveram de enfrentar no ato da prova suprema...”

Ele viveu, de fato, até a idade de 81 anos, com pouco mais ou pouco menos de trezentas calorias ao dia. Excluía quase totalmente o lanche e o jantar e, no almoço, limitava-se a provar as iguarias que lhe eram apresentadas. O que lhe dava vida e o mantinha vivo era a eucaristia, “centro” e “motor da minha vida, o meu tudo”, como o Padre Pio costumava dizer.

Êxtase

Muitas vezes durante a santa missa, que celebrava todos os dias com participa;’ao total no sacrifício de Cristo na cruz e com amor infinito, podia-se vê-lo “num estado de absorção em Deus e de suspensão dos sentidos”. Nesse estado podia-se observá-lo também durante o dia, especialmente quando rezava.

Ciência infusa – Introspecção das consciências – Profecia

Num opúsculo intitulado Padre Pio, o padre Nello Castello afirma que médicos, cientistas, políticos, sacerdotes e o homem da rua recorriam a ele para receber conselhos; levavam problemas graves, idéias para serem clareadas, disputas e perguntas difíceis, cada um no próprio nível, e o Padre Pio dava sempre a resposta exata. Não somente, mas em suas cartas, dezenas de vezes ele escreveu: “Jesus pede para dizer-lhe... Jesus diz para escrever-lhe assim...”.

O Padre Pio conhecia as consciências, o futuro, o passado de seus filhos espirituais; um dia, disse a um deles: “Conheço você, por dentro e por fora, melhor do que você pode ver-se no espelho”. Às vezes, ele escrevia e falava línguas que nunca havia estudado.

Profetizou o pontificado de Paulo VI; o fim de alguns homens políticos; que a moeda italiana se tornaria um “papel inútil”; previu a crise econômica, ainda antes de 1960, e o mesmo fenômeno da descristianização atual, ainda na década de 1950.



Perfume

Seria possível que um capuchinho estigmatizado e, como era voz corrente, com fama de santidade, fosse tão vaidoso que se regasse diariamente de perfume precioso, intenso, cheiroso e delicado? Algumas pessoas, que ignoravam esse particular do Padre Pio, se escandalizavam, supondo que esse perfume fosse presente de alguma filha espiritual devota. Quem, no entanto, teve ocasião de percebê-lo sabia que esse perfume especial chegava não somente aos seus fiéis, mas também a pessoas distantes milhares de quilômetros. Percebia-se a distância como “alguma coisa” levada pelo vento e significava a presença espiritual do Padre Pio. Mesmo depois de sua morte, algumas pessoas afirmam tê-lo percebido várias vezes.

O Dr. Jorge Festa, um dos médicos que examinaram as chagas do Padre Pio para atestar sua autenticidade, deixou-nos um testemunho surpreendente, “surpreendente” porque ele não tinha o sentido do olfato. Mais que da pessoa do Padre pio, para o Dr. Festa, era do seu sangue que emanava aquele fragrante perfume. Disse, de fato: Era um perfume agradável, como uma mistura de violetas e de rosas. Considere-se que, entre os tecidos do organismo humano, o sangue é o que mais rapidamente entra em decomposição. Em todo caso, nunca tem uma emanação agradável.

O perfume que emanava do corpo trespassado do Padre Pio era também “sinal” de sua castidade angelicamente vivida, imitando o exemplo de seu seráfico pai são Francisco de Assis e de seu não menos seráfico confrade são José de Copertino (17 de junho de 1603 – 18 de setembro de 1663), o santo dos êxtases e dos vôos que – com exceção das chagas – possuía os mesmos dos ou carismas do capuchinho de Pietrelcina, inclusive o perfume.



Curas

As curas realizadas por Deus pela mediação do Padre Pio foram freqüentemente anunciadas ou precedidas de “ondas” de perfume característico, do qual já falamos. As filhas e os filhos espirituais do Padre Pio teriam podido falar de suas experiências pessoais se a obediência não tivesse selado seus lábios. Mas, afortunadamente, houve peregrinos de passagem por San Giovanni Rotondo e todos os que foram beneficiados de modo quase inesperado, que não se cansam de falar dos prodígios aos quais puderam assistir ou pelos quais foram beneficiados.

Bilocações

O dom ou fenômeno da bilocação consiste em encontrar-se simultaneamente em lugares diferentes. Esse dom é concedido quando há uma urgência, um perigo grave, uma alma ou um corpo que devem ser salvos. É um dom, como todos os dons sobrenaturais ou místicos, que é concedido para o bem das almas dos outros e nunca para a glorificação de quem é beneficiário dele.

A propósito desse dom, o próprio Padre Pio deu uma breve explicação ao Padre Paulino, o qual – durante um recreio, falando da bilocação de santo Antônio que, enquanto pregava em Pádua, foi até Lisboa (Portugal) para livrar seu pai de uma condenação já decretada –, disse: “Queria realmente saber como acontece a bilocação: se o santo sabe o que quer, se sabe aonde vai, mas não sabe se é apenas com a mente ou com o corpo e a alma”. Padre Pio, que estava atento, lhe respondeu: “Ele sabe o que quer, sabe aonde vai, mas não sabe se vai apenas com a mente ou se com o corpo e a alma”. Esse fato é de 1944 ou 1945.

Padre Pio teve sua primeira bilocação já em 1905, e àquela seguiram-se muitas outras. Citamos um caso de bilocação acontecido enquanto era servente no Hospital Militar de Nápoles. Numa noite de novembro 1917, pelo Dom de bilocação, salvou da morte certa o general Luiz Cadorna. Este, depois da desastrosa derrota de Caporetto (24 de outubro de 1917), teve de ceder o posto de comandante supremo do exército italiano ao general Armando Diaz. Tendo-se recolhido no Palazzo Zara, sede do comando, em Treviso, pensava em cancelar a perturbadora humilhação com o suicídio. E, numa noite daquele infausto novembro de 1917, decidiu pôr fim à própria vida. Tinha já empunhado o revólver, quando viu entrar em seu quarto um frade capuchinho de barba negra que, com um tom de voz de desaprovação, lhe disse: “Vamos, General, não faça essa loucura!”. O general sentiu o revólver sair-lhe das mãos e cair no chão, mas não viu mais nem a sombra do frade. As sentinelas, logo interrogadas, juraram que não tinham visto nem deixado entrar nenhum frade no apartamento.

Muitos anos depois, quando a fama do Padre Pio tinha já ultrapassado os limites da Itália, o general Luiz Cadorna, incógnito e em trajes civis, foi até o convento capuchinho de San Giovanni Rotondo. Meio escondido, num canto do longo corredor, esperou com paciência a passagem dos frades e, entre eles, reconheceu seu visitante noturno. Padre Pio lhe sorriu e, apoiando-lhe amigavelmente as mãos nos ombros, sussurrou-lhe: “Meu caro general, naquela noite tivemos sorte! O que acha?!”.

As bilocações do padre Pio – afirma o padre Nello Castello – “marcavam a sua presença em vários lugares, sem nunca Ter saído do convento”. É um dos seus carismas mais documentados. Muito se escreveu sobre esses seus “transportes”. Como o Padre Pio dizia: “Eu vejo os meus filhos, sigo-os, assisto-os continuamente”. Eram, obviamente, seus filhos e filhas espirituais que, por toda parte, ele seguia e visitava com terno amor paterno.



Milagres

Os cristãos crentes sabem que, rezando com fé, humildade e perseverança, podem obter de Deus os milagre. É, portanto, razoável esperar aquilo que se pede, porque a onipotência de Deus pode tudo. E é razoável pedir com fé aquilo que se espera conseguir, porque foi o mesmo Jesus quem disse: “Pedi e vos será dado! Procurai e encontrareis! Batei e a porta vos será aberta! Pois todo aquele que pede recebe, quem procura encontra, e a quem bate, a porta será aberta...” (Mt 7,7-8).

A quem tinha a ousadia de perguntar ao Padre Pio: “Mas o senhor faz milagres?”, ele simplesmente respondia: “Eu sou somente um frade que reza”. E como era um frade que acreditava no poder de Deus rezava com profunda humildade e fé viva, obtinha o que pedia. Ele mesmo, “milagre vivo”, operava, por vontade de Deus, autênticos milagres. Deus se servia dele para concretizar seu plano salvífico e o fazia também através de milagres.

Para descrever adequadamente os numerosos milagres, físicos e espirituais, acontecidos por intercessão do Padre Pio, seria preciso escrever muitos livros. Limitar-nos-emos a “destacar” três curas miraculosas: duas escolhidas entre as mais conhecidas, enquanto a terceira é a cura de Consiglia De Martino, reconhecida oficialmente pela Igreja para a beatificação do Padre Pio de Pietrelcina.

A cega que vê

Gemma De Giorgio – nascida em 1939 – era cega de nascença. Quando criança, seus pais perceberam que alguma coisa não estava bem com seus olhos e a submeteram a numerosos exames com especialistas. Oftalmologistas ilustres sentenciaram, porém, que a menina não tinha nem as pupilas e que, portanto, nunca poderia ver. Aos 7 anos e meio, chegando o tempo de fazer a primeira comunhão, a avó pensou em levar a neta a San Giovanni Rotondo, onde – tinha ouvido – havia um frade que fazia milagres. Foi recomendado que a menina pedisse ao padre que intercedesse pela sua cura, mas a pequena discordou. Padre Pio, porém, durante a confissão, pousou-lhe as mãos sobre os olhos traçando sobre eles o sinal-da-cruz. Também na comunhão o padre fez o sinal-da-cruz sobre os olhos de Gemma. Durante a viagem de volta, a menina disse à avó que estava vendo claramente. Os médicos tiveram de confirmar, mesmo que, a seu ver, isso fosse impossível, porque sem pupilas não se pode ver.

Uma mãe curada de câncer

Era novembro de 1962. A professora Wanda Poltawska, que trabalhava ativamente na diocese polonesa de Cracóvia, estava no fim da vida por causa de um câncer na garganta, e os médicos não lhe davam mais nenhuma esperança. A notícia chegou rapidamente até Roma, onde, por causa da celebração do Concílio Vaticano II, se encontrava o vigário capitular de Cracóvia. Tratava-se do bispo Karol Woityla, o futuro João Paulo II. O bispo Wojtyla conheci há tempo a família da professora Poltawska e ficou, portanto, profundamente chocado com a notícia que chegara de sua terra. No dia 17 de novembro, de Roma, ele mandou uma carta ao famoso frade das chags, que tivera a oportunidade de encontrar antes quando, jovem sacerdote, tinha estado em San Giovanni Rotondo.

O futuro pontífice escreveu assim: Venerável padre, peço-lhe que reze por uma mãe de quatro meninas, que tem 40 anos e vive em Cracóvia, na Polônia. Durante a última guerra esteve, durante cinco anos, nos campos de concentração da Alemanha, e agora se encontra num estado muito grave de saúde, até de vida, por causa de um câncer. Reze para que Deus, pela intercessão da Beatíssima Virgem, tenha misericórdia dela e de sua família.

No dia 28 de novembro, onze dias depois, foi entregue ao Padre Pio outra carta do bispo polonês: Venerável padre, a senhora que mora em Cracóvia, na Polônia, mãe de quatro meninas, no dia 21 de novembro, antes da operação cirúrgica, sarou de repente. Damos graças a Deus e também a vós, venerável padre. Transmito-vos os mais vivos agradecimentos em nome da mesma senhora, de seu marido e de toda sua família.

Ficou curada depois de um sonho

O milagre que a Igreja – depois de longas e complexas averiguações científicas – reconheceu para a beatificação do Padre Pio aconteceu há apenas poucos anos.

Era o dia 1° de novembro de 1995, quando Consiglia De Martino se viu, de repente, às portas da morte. Consiglia, que todos chamam de Lina, morava em Ogliara, uma cidadezinha próxima de Salerno.

Naquela manhã, sentiu-se mal e descobriu um tumor do tamanho de uma laranja na garganta. Internação no hospital, tomografia e diagnóstico funesto: ruptura do “ducto torácico”; seu corpo já havia sido invadido até o pescoço com o líquido linfático. “Linfoma não-Hodgkin” foi o diagnóstico: uma doença da qual é difícil se salvar. Decidiram operá-la na manhã seguinte, mas, de noite, aconteceu o milagre. Ela, que era fiel do Padre Pio, depois de uma visita a San Giovanni Rotondo, oito anos antes, dirigiu-se em oração ao frade: “Padre Pio, pensa nisso. Confio-me a ti, ajuda-me”.

Dormiu e sonhou que o Padre Pio lhe tocava levemente o pescoço e o tórax, dizendo-lhe: “A intervenção cirúrgica não lhe adianta mais, opero-a eu mesmo”.

Sonho? Aparição? O fato é que de manhã, quando os médicos preparavam a cirurgia, ela percebeu um intenso perfume de flores. Pediu aos médicos que fosse refeita a tomografia, antes de entrar para a sala de cirurgia. Atenderam-na e ficaram estupefatos; o líquido linfático havia-se retirado de todo o corpo; o tumor no pescoço havia-se reduzido ao tamanho de uma noz e, em pouco tempo desapareceu por completo.

Incrédulos, os médicos conservaram-na no hospital ainda durante quatro dias, submetendo-a a toda espécie de exames. No final, se renderam: reconheceram que a cura não era cientificamente explicável e a mandaram para casa. Hoje, Consiglia De Martino está muito bem e ajuda o marido e um dos filhos na direção de um pequeno supermercado.

“Milagre”, disse logo o povo, como para outras curas prodigiosas, inexplicáveis, atribuídas ao Padre Pio. E como milagre reconheceu-o oficialmente a Igreja no dia 21 de dezembro de 1998.
 
FONTE: Elena Bergadano

Revista Shalom Maná - Ed. Shalom
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Oração do Santo Terço e Santo Rosário





Inicio: 
Pelo + sinal da santa Cruz, + livrai-nos Deus nosso Senhor + de nossos inimigos,
Em Nome do Pai, Em Nome Filho, em Nome do Espírito Santo. Amém.

O Preparatória ou Inicial:
“Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado. e renovareis a face da terra.”

Oremos
“Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém"

Oferecimento
“Divino Jesus, eu vos ofereço este Terço que vou rezar contemplando os mistérios de nossa Redenção. Concedei-me, pela intercessão de Maria, Vossa Mãe Santíssima, a quem me dirijo às virtudes que me são necessárias para bem rezá-lo e a graça de ganhar as indulgências anexas a esta devoção.

O Credo
Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, Seu único Filho, nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, porto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. *Creio no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.



Pai-Nosso
Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu; *o pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

 Três Aves - Marias
A 1º em Honra a Deus Pai que nos criou Ave-Maria...        
A 2 º em Honra a Deus Filho que nos remiu, Ave- Maria...
A 3 º em Honra a Deus Espírito Santo que nos Santifica, Ave- Maria...
Glória ao Pai.
Gloria ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Amém

Jaculatória
 
Oh! Meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno. Levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente as que mais precisarem da vossa misericórdia.

MISTÉRIOS GOZOSOS (segunda-feira e sábado)
1. Anunciação do Anjo Gabriel a Maria;
2. Visita de Maria à sua prima Isabel;
3. Nascimento de Jesus em Belém;
4. Apresentação de Jesus no Templo e Purificação de Maria;
5. Encontro de Jesus no templo entre os doutores da Lei.

MISTÉRIOS DOLOROSOS (terça e sexta-feira)
1. Agonia de Jesus no Horto das Oliveiras;
2. Flagelação de Jesus;
3. Jesus é coroado de espinhos;
4. Jesus carregando a Cruz (Subida dolorosa ao Calvário);
5. A Crucificação de Jesus.


MISTÉRIOS GLORIOSOS (quarta-feira e domingo)
1. A Ressurreição de Jesus;
2. Ascensão de Jesus nos Céus;
3. A descida do Espírito Santo sobre os apóstolos (Pentecostes);
4. A Assunção de Maria aos Céus;
5. Coroação de Maria, como Rainha dos Céus.

MISTÉRIOS LUMINOSOS (quinta-feira)
1. Batismo de Jesus no rio Jordão;
2. Auto-revelação de Jesus nas Bodas de Caná;
3. Jesus anuncia o Reino de Deus, com o convite à conversão;
4. Transfiguração de Jesus;
5. Instituição da Eucaristia;


Agradecimento do Terço
 
Infinitas graças vos damos, Soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias recebemos de vossas mãos liberais. Dignai-vos agora e para sempre tomar-nos debaixo de vosso poderoso amparo e para mais nos obrigar vos saudamos com uma Salve Rainha...

Salve Rainha
 
Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos os degredados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém

 Final:
Pelo + sinal da santa Cruz, + livrai-nos Deus nosso Senhor + de nossos inimigos,
Em Nome do Pai, Em Nome Filho, em Nome do Espírito Santo. Amém.

Boa Meditação
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terça-feira, 19 de abril de 2011

Oração do Angelus

Oração Angelus - Anunciação do Senhor

V. O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
R. E Ela concebeu do Espírito Santo.
Ave Maria…

V. Eis a escrava do Senhor.
R. Faça-se em mim segundo a Vossa Palavra.
Ave Maria…

V. E o Verbo divino encarnou.
R. E habitou no meio de nós.
Ave Maria…

V. Rogai por nós Santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos.
Infundi, Senhor, como Vos pedimos, a Vossa graça nas nossas almas, para que nós, que pela Anunciação do Anjo conhecemos a Encarnação de Cristo, Vosso Filho, pela sua Paixão e Morte na Cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


Esta  oração deve ser feita às 6h,  meio dia e 18h.
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